SABIAS QUE

Sabias Que

Uma boa compreensão da arquitetura muscular ajuda a selecionar os exercícios dentro de um Programa de recuperação de uma lesão.No que aos músculos isquiotibiais diz respeito, estes apresentam uma grande incidência de lesões no desporto, por tal como todos os músculos estes também apresentam uma plasticidade muscular adaptando-se facilmente ao treino e ao destreino.De notar que más escolhas de exercícios ou uma imobilização prolongada e desnecessária podem levar rapidamente a alterações na arquitetura e tipo de fibra muscular, predispondo o atleta a futuras lesões.Por tudo o que fui descrito anteriormente se após uma lesão dos isquiotibiais os expusermos sujeitos somente a cargas concêntricas, esse trabalho vai ter um impacto negativo na resiliência muscular, deslocando o ângulo de força do músculo em direção à faixa interna disponível ao invés de o deslocarmos em direção à faixa externa onde ele necessita de ser mais forte.Por fim, é essencial colocar o atleta no centro do processo de recuperação , principalmente porque a opinião dele sobre a lesão, a sua gravidade e tempo de convalescença podem ser um indicador muito bom da escala de tempo de retorno.

 

Exemplos Práticos

1 – Sabias que o músculo semitendinoso tem um comprimento de fibra muscular consideravelmente maior, uma área de secção transversa menor, uma orientação de fibras musculares mais paralelo e um tendão distal mais longo, permitindo-lhe assim contrair através de amplitudes musculares maiores. Por outro lado o semimembranoso tem um comprimento de fibras musculares menor, com uma área de secção transversa e um tendão mais curto, tendo assim um maior papel na estabilidade do joelho sobre tudo quando sujeito a forças rotacionais.

Joice & Lewindon

Jogador Vasco Costa

Treino de Força em Idosos. Leve ou Pesado?

Sabe-se que a partir dos 50 anos há uma redução de força de 12/15% por década (Hunter et al., 2004).

Vários estudos são unânimes em afirmar que o treino de força assume um papel preponderante na população idosa e afecta positivamente vários sistemas biológicos que tendem a cair com o envelhecimento, sobre tudo sistemas relacionados com funções neuromusculares, cardiovasculares e cognitivas.

Tem surgido vários protocolos de treino onde as intensidades dos exercícios fixam-se entre 70/90% da repetição máxima, ou com intensidades mais baixas  a 40/60% da repetição máxima.

Os estudos são unânimes em associar intensidades mais elevadas a maiores ganhos de força máxima (Binder et al., 2005; Harris., 2005).

O trabalho com intensidades mais baixas (40/60%) também assume um papel importante no treino de força do idoso, uma vez que a redução de força rápida e potência muscular vão afectar o idoso do ponto de vista funcional , isto deve-se ao facto de haver uma perda acentuada de fibras tipo II, sendo as fibras musculares perdidas e substituídas por gordura e tecido conjuntivo.

Esta alteração é mais acentuada nos membros inferiores e é mais gravosa do que a redução de força máxima, já que a força rápida é a modalidade de força mais utilizada nas actividades quotidianas e mais importante para assegurar a autonomia motoras.

A força rápida da musculatura extensora dos membros inferiores foi já correlacionada positivamente com a performance em acções como levantar de uma cadeira, subir e descer escadas e correr rapidamente (Lohne – Seiler et al., 2013). a força rápida também foi relacionada com a capacidade de prevenir quedas (de Vos et al., 2005).

Reflexão:

Apesar das limitações, se queremos melhorar a qualidade de vida dos Idosos, tornando-os mais independentes física e mentalmente, devemos sensibilizá-los para a importância do treino da força.

Quando der o passo para treinar NÃO FAÇA QUE TREINA, TREINE…