Treino de Força em Idosos. Leve ou Pesado?

09 Maio

Sabe-se que a partir dos 50 anos há uma redução de força de 12/15% por década (Hunter et al., 2004).

Vários estudos são unânimes em afirmar que o treino de força assume um papel preponderante na população idosa e afecta positivamente vários sistemas biológicos que tendem a cair com o envelhecimento, sobre tudo sistemas relacionados com funções neuromusculares, cardiovasculares e cognitivas.

Tem surgido vários protocolos de treino onde as intensidades dos exercícios fixam-se entre 70/90% da repetição máxima, ou com intensidades mais baixas  a 40/60% da repetição máxima.

Os estudos são unânimes em associar intensidades mais elevadas a maiores ganhos de força máxima (Binder et al., 2005; Harris., 2005).

O trabalho com intensidades mais baixas (40/60%) também assume um papel importante no treino de força do idoso, uma vez que a redução de força rápida e potência muscular vão afectar o idoso do ponto de vista funcional , isto deve-se ao facto de haver uma perda acentuada de fibras tipo II, sendo as fibras musculares perdidas e substituídas por gordura e tecido conjuntivo.

Esta alteração é mais acentuada nos membros inferiores e é mais gravosa do que a redução de força máxima, já que a força rápida é a modalidade de força mais utilizada nas actividades quotidianas e mais importante para assegurar a autonomia motoras.

A força rápida da musculatura extensora dos membros inferiores foi já correlacionada positivamente com a performance em acções como levantar de uma cadeira, subir e descer escadas e correr rapidamente (Lohne – Seiler et al., 2013). a força rápida também foi relacionada com a capacidade de prevenir quedas (de Vos et al., 2005).

Reflexão:

Apesar das limitações, se queremos melhorar a qualidade de vida dos Idosos, tornando-os mais independentes física e mentalmente, devemos sensibilizá-los para a importância do treino da força.

Quando der o passo para treinar NÃO FAÇA QUE TREINA, TREINE…